Abordagem para o ensino da matemática de forma participativa, colaborativa e lúdica para estimular o aprendizado, auto-estima e gosto pela matemática. Projeto apoiado pelo Instituto TIM.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Impasses dentro da Escola

Desde o mês de setembro quando comecei o contato com a escola que atualmente estou aplicando o projeto, fiz o máximo possível para explicar do que se tratava as intervenções com as crianças, a metodologia inovadora, a contribuição que traria para a aprendizagem (etc.), tentando conquistar ao máximo os professores e coordenadores da escola.
Aparentemente todos se interessaram instantaneamente e daí eu pedi que cada um escolhesse o melhor dia e horário para que eu pudesse tirar os seus alunos da sala regular para poder participar das aulinhas do Círculo. Feito isso, fiz as divisões e dei inicio ao projeto.
Fiquei encantada com o quanto as crianças realmente nos surpreendem com suas respostas e participam tanto com “chutes” sem medo de errar quanto indo ao quadro exemplificar o que dizem. Eles de fato gostam muito de estar ali e se sentem importantes naquele momento.
Entretanto, como nem tudo são flores, no decorrer deste processo de troca de conhecimentos, me deparei com uma professora que se sentiu incomodada com o interesse (eufórico) das crianças para o projeto e com as retiradas de crianças da sua turma. Certa vez, quando fui buscá-los para mais um encontro do Círculo, a professora me parou e disse que estava incomodada, pois as saídas de pequenos grupinhos da sala estavam “bagunçando” a aula dela. Naquele momento fiquei espantada com a maneira como ela falou, porém calmamente disse a ela que o nosso objetivo não era atrapalhar, mas sim ajudar no desenvolvimento das crianças. Perguntei a ela o que deveríamos fazer então para resolver a situação, mas naquele dia nada foi feito, segui com as aulas como planejado.
Outra semana se iniciou e fui novamente buscar as crianças, então esta mesma professora veio até mim para pedir que eu não retirasse os alunos de sala, pois ela havia faltado alguns dias e precisava repor suas aulas, entendi seu ponto de vista e perguntei que outro dia poderia voltar a revê-los ela não se pronunciou a respeito. Essa situação seguiu ainda por umas três semanas consecutivas, alguns dias eu consegui executar as aulinhas e outros não. Já bastante chateada com a situação perguntei novamente como poderíamos resolver, ela afirmou que o ideal seria atender as crianças em um dia que não fosse à aula dela para não prejudicá-la.
Todos isso, de certa forma até me desestimulou a continuar o trabalho com esta turma, pois com um clima pesado entre os professores as crianças poderiam perceber e sendo assim se magoarem com ambos os lados. Tive que repensar várias vezes que decisão tomar.
Hoje finalmente chegamos a uma conclusão, atendi as crianças durante a aula dela, porém ao terminar perguntei qual era a outra professora que trabalhava com estas crianças e qual seria o dia; ela me levou até esta outra professora que já estava ciente do projeto e que me recebeu super bem, afirmando que não haveria problemas nenhum retirar pequenas turminhas por vez para executar as nossas atividades e que isso iria facilitar também o seu trabalho com os outros.

Espero que ela continue de “bom humor” assim durante todas as próximas semanas que seguem!

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