Abordagem para o ensino da matemática de forma participativa, colaborativa e lúdica para estimular o aprendizado, auto-estima e gosto pela matemática. Projeto apoiado pelo Instituto TIM.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

ímpar, par, ímpar, par, ímpar, par, ímpar...

Hoje tentei uma atividade diferente com uma das turmas do Círculo. Propus que começássemos jogando o famoso jogo do "par ou ímpar", que eu sabia que os meninos desta turma conheciam. Eles prontamente se animaram. Fiz duas colunas na lousa para os resultados: par e ímpar.

Primeiro, dois meninos jogaram entre si. E, depois, adicionamos mais mãos (as minhas, inclusive) ao processo - um jogo de par ou ímpar em grupo. Fiz isso, pois pensei em mostrar a dificuldade de ver se um número é par ou ímpar na hora de decidir o vencedor (o algoritmo que eles usam consiste em dizer alternadamente, contando os dedos, "ímpar par ímpar par ímpar par ímpar par").

A brincadeira foi animada e fez bem a eles, pois (pela primeira vez na minha aula) senti que eles estavam calmos o suficiente para olhar para a lousa. Comecei perguntando: se tenho um par de sapatos, quantos sapatos eu tenho? E se eu tiver dois pares? Três pares? Dessa maneira, vimos que todo número da forma 2*<algum número> é par. Neste ponto, eles já estavam dispersos novamente e decidi partir para as operações entre números pares e ímpares.

Fiz alguns exemplos e pedi para eles fingirem estar jogando par ou ímpar (apenas usando exemplos) para ver qual seria o resultado final. Muitas vezes, eles contavam alternadamente ímpar e par e, às vezes, eu pedia para eles verificarem se existia algum número que, multiplicado por 2, dava o número que eles estavam procurando. Para cada operação aprendida, fazíamos um jogo depois para mostrar que o que tínhamos aprendido facilitava o cálculo do resultado do jogo. Trabalhamos com:

  • par + par = par
  • ímpar + par = ímpar
  • ímpar + ímpar = par
  • ímpar x ímpar = ímpar
  • ímpar x par = par
  • par x ímpar = par
  • par x par = par

Fiquei muito surpresa nesta aula, porque um aluno que nunca havia participado ativamente da aula, além de ter participado da aula, estava bravo porque tinha alunos que não estavam participando da atividade que, segundo ele, "era legal". Essa turma tem uma certa divisão, cada criança tem o seu grupo de amigos e não costuma se integrar com o "outro lado da sala", por isso, eu diria que a atividade deu "meio" certo. Mas, saí desta aula muito feliz por ver o sorriso das crianças depois de jogarmos a última partida, que perdi, aliás.

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