Não sei se é de conhecimento de
todos, mas iniciei minhas aulas no contra turno no dia previsto, 2 de setembro,
no início estava muito animada, pois a ideia de fazer com que as crianças
gostem de matemática me deixou muito animada. Eu ia dar as aulas muito feliz,
de todos os dias que eu ia para a escola apenas um era cansativo devido a uma
turma em especial que era muito trabalhosa, mas quando essa turma prestava
atenção em 50% da aula já era algo bem animador, fiquei indo para a escola
durante 4 semanas! Foi um trabalho gratificante ver aqueles pequeninos se
divertindo e ao mesmo tempo ficando intrigados com suas descobertas. Eu estava
passando muito tempo na escola e dando aula para poucos alunos e como o diretor
não aceitava fazer as atividades do projeto no turno das crianças, infelizmente
tive que parar de dar as aulinhas nessa escola. Foi difícil ficar longe deles,
realmente. Enquanto eu ainda estava no processo de contato com outra escola,
fiquei bem desanimada, por que eu vinha em um ritmo muito bom com meus alunos e
de repente tive que parar. Fiquei algumas semanas sem dar aula, mas sempre estava
na outra escola conversando com a coordenadora sobre o projeto, e na semana
antecedente ao II workshop fui para a escola aplicar os questionários, apliquei
em algumas turmas, e devido ao feriado do dia do professor e do dia das
crianças acabou não dando certo aplicar no inicio da semana. Então depois que
voltei do workshop, retomei com os questionários. Mas realmente voltei a dar as
aulas essa semana. Confesso que estava um pouco entediada sem as aulas! Mas
depois que voltei me senti tão bem e feliz de poder fazer parte de um grupo de
educadores que está tentando mudar a realidade de nosso país, e o que é mais
recompensador são as crianças que são capazes de aprender tudo e nem elas
mesmas sabem disso. Achei muito interessante o raciocínio de um aluno do 5º
ano! Iniciei com a atividade da bailarina, inicialmente fiz o Pelé, jogador de
futebol que estava treinando, ele chutava a bola e ela iria passando pelos
números, ele iniciou do 0, chutou a bola e ela foi parar no 2, no chute
seguinte foi para o 4, depois para
o 6, a bola iria apenas nos números
pares. Depois passei outro tipo de raciocínio com uma bailarina, para agradar
as meninas. Em seguida retomei com outro jogador de futebol, o Neymar, mas ele
estava treinando e o campo estava irregular e a bola estava quicando no campo e
voltando, em seu primeiro chute a bola foi para o 4 e voltou para o 2, no
segundo chute a bola foi para o quicou no 6 e voltou para o 4, no terceiro a
bola quicou no 8 e voltou 6, quando eu ia
fazer o próximo chute, um dos alunos falou: “Tiaaaaa, é igual o do Pelé!” Eu
fiquei muito feliz. Mas tive que me conter, então perguntei o que todos os
outros coleguinhas achavam, mas ninguém sabia. Então fomos fazendo os chutes do
Neymar e ao final todos concordaram que era igual ao do Pelé. Depois de ter
voltado a dar as aulas, já estou com o ânimo renovado, ver os pequenos fazendo
matemática e tirando aos poucos o estigma de que Matemática é difícil ou chata
já faz valer muito o meu trabalho. Fiquei triste de não ter tirado fotos do Pelé e do Neymar para vocês verem.
Carla eu amei a ideia de trabalhar os nomes dos personagens com os jogadores. Isso aproxima os alunos da atividade, pois muitos deles gostam de futebol. Achei bem interessante a forma como foi trabalhado! Parabéns!
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