Bom, havia iniciado as aulas do Círculo com alunos de uma ONG logo no nosso retorno após o I Workshop, mas por motivos de logísticas tive que interromper as aulas com eles (haviam poucos alunos) e começar as aulas com as turmas regulares das escolas municipais. Portanto colegas, meu Batman não voltará para a BatCarverna.
Iniciei efetivamente essa semana com as turmas, já tive 2 aulas com quase todas. Uma das aulas que me chamou atenção é essa da foto. São alunos no 5º ano, começamos a conversar sobre números favoritos, e logo foram surgindo números grandes. Assim que escrevi seus números na lousa, despertei o interesse deles. E quando escrevi "unidade" já foram me dizendo pra escrever dezenas e centenas. Questionei que haviam só esses, eles disseram que até onde sabiam sim.
Fomos posicionando os números nas suas respectivas casas e tudo corria muito bem, até que um aluno pediu pra ir ao quadro escrever um número pros outros adivinharem, como consegui registrar. Ele colocou 2 bolinhas na casa das centenas, 1 na das dezenas e 3 na das unidade. Perguntei então se todos haviam entendido que número era aquele e sugeri que colocassem suas respostas no quadro (como na foto). Eles estavam falando "Tia, é 200, 10 e 3", pedi para eles registrares que número era essa e aí estão os registros muito interessantes.
Podemos ver que ainda crianças de 5º ano tem certa dificuldade em identificar/registrar números dessa forma. Indaguei a todos da turma e todos foram debatendo a resposta, que parecia ser muito simples. Então retornei aos que já havíamos feito até que todos berraram "ahhhh, é 213". Isso ocorreu também quando registrei o número 460, primeiro eles disseram 46, pois não havia registro na casa das unidades, depois riscaram o que haviam dito e disseram 460.
Já era professora de Matemática, mas o Círculo está me proporcionando uma nova visão dos meus alunos. Poder utilizar o raciocínio que está por trás dos "erros" dos alunos, de forma paciente, para conduzi-los à forma matemática usual criada por eles mesmos!
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