"Infinito: É número ou não?" - disse uma criança

Hoje tive uma surpresa. Comecei a aula estimulando os alunos do 5º Ano a criarem uma máquina (a nossa conhecida Máquina de Funções). Eles me ajudaram a escolher como seria a máquina e eu desenhei um notebook, em que os números entrariam pelo mouse e sairiam pelos botões.

E para começar a transformação dos números eu perguntei sobre os números que eles mais gostavam. Com os palpites deles, eu fui formando uma nuvem de números e disse que ela seria nossa wireless. E os números sairiam de lá, entrariam na máquina e sairiam diferentes. Coloquei na nuvem: 5, 14, 1.000.000, 5.000 e infinito. 

Até que uma das crianças me disse:

- "Infinito é número ou não?"

Com a pergunta da criança, eu comecei a fazer questionamentos sobre o infinito e organizei uma tabela em que os alunos apresentariam seus argumentos. Os que acreditavam que era número diziam: "porque começa do 0 e é infinito, nunca acaba". Os que acreditavam que não era número diziam: "não é número porque começa do 1 e termina no 0 e não tem fim, são muitos zeros", "porque o nome da diz, é infinito."

Eu  perguntei para as crianças que acreditam que infinito era número, se nós poderíamos representar o infinito. Elas me disseram: "não, porque são muitos zeros que não acabam mais". Outra menina foi no quadro e tentou representar o infinito com um desenho em que tem começo, mas não tem fim, uma espécie de espiral.

Eu achei interessante os argumentos das crianças, pois de uma máquina de funções nossa aula foi parar sobre o infinito. Eu registrei todas as ideias e disse que na próxima aula nós aprenderíamos mais sobre o infinito.

(Karolynne Barrozo - Fortaleza- Ceará)