Abordagem para o ensino da matemática de forma participativa, colaborativa e lúdica para estimular o aprendizado, auto-estima e gosto pela matemática. Projeto apoiado pelo Instituto TIM.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O tribunal da matemática

Como boa representante das ciências humanas e tentando seguir a risca os "mandamentos" do círculo, sendo um deles de estimular os alunos a responderem, mesmo que incorretamente, hoje instaurei um tribunal em sala de aula. Conflitada pelas respostas dúbias dos meus queridos amados estudantes decidi fazer diferente, dando a eles a oportunidade de defender seus pontos de vista como se estivessem em um legítimo tribunal. A questão reflexiva era simples: Qual o menor número existente? O alvoroço surgiu ao passo que as vozes diziam "ZERO!" ao mesmo tempo que "UM!". Então perguntei quem gostaria de defender o "zero". A maioria levantou a mão, visto que apenas dois alunos achavam que o "um" era o menor número. Todos que disseram que o zero era o maior número quiseram defender e explicar porque pensavam aquilo, enchendo meu coração de alegria. Então após uma lindíssima explicação de uma das meninas, o garoto que pensava que o "um" era o maior número teve o direito de réplica. Dessa vez o tribunal saiu totalmente de ordem e nada os continham, desesperados para explicar para o amigo porque o zero era o menor número. Fiquei distante e apenas fui juíza, deixando que eles decidissem entre si, sem dar minha opinião em nenhum momento. Ao final os dois garotos estavam convencidos de que o zero era o menor número. Não consegui introduzir a ideia de números negativos mas me senti mais do que satisfeita para uma pequena turma de segundo ano.

Ludmylla

2 comentários:

  1. Oi Ludmylla, muito bacana essa ideia do tribunal como uma maneira de organizar a discussão, quando as crianças ficam 'selvagens'. A imagem do professor como um 'juiz', arbitrando entre partes, é o que eu entendo que é a proposta do Bob e Ellen. A verdade está no convencimento das partes, não no juiz como fonte de autoridade, ele (ou ela) é apenas um árbitro. Muito legal, parabens!

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  2. Que legal Ludmylla, Parabéns! Vou aplicar esta ideia com os meus alunos também! :)

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