Abordagem para o ensino da matemática de forma participativa, colaborativa e lúdica para estimular o aprendizado, auto-estima e gosto pela matemática. Projeto apoiado pelo Instituto TIM.

domingo, 1 de dezembro de 2013

A paqueca ou melhor, pizza

A panqueca na maioria das turmas foi trocada por uma pizza, porque segundo eles não parecia panqueca ou porque eles gostavam mais de pizza. Foi difícil conseguir a atenção quando eles tentavam e tentavam, mas não conseguiam chegar a um maior número de pedaços. O 3º ano aceitou mais do que o 2º ano, que se dispersou na maior parte dos casos. Em meio às dificuldades, um aluno em especial me surpreendeu. Ao chegar no quarto corte, ele já disse que eram onze pedaços formados. Então eu fui aumentando na tabela e ele foi dizendo os números certos. Eu perguntei como ele estava fazendo e ele disse que ia somando os cortes aos pedaços. 
No final da aula a professora da sala de recursos veio conversar comigo e eu resolvi explicar a atividade para ela, aplicando como se ela fosse a aluna. Quando chegou no quarto corte eu disse que o tal aluno tinha conseguido sem precisar cortar a panqueca. Ela achou surpreendente, pois o mesmo aluno é um dos que mais tem dificuldade e quando ele entrou na escola, segundo ela, ele enfrentava problemas em casa, enfim, um aluno que ela não imaginaria que conseguisse desenvolver o raciocínio. Fiquei feliz por ele. Dá para perceber que ele participa mais da aula.
Mudando de assunto, com relação ao comportamento das crianças, em algumas turmas foi difícil. Em uma turma, um aluno estava bem agressivo, falando obscenidades para uma colega, foi difícil controlar a turma. Em outra, um dos alunos que mais dá trabalho, quando eu achei que estava calmo, acabou por machucar um aluno com um lápis. Isso fez um pequeno corte e o aluno machucado chorou a aula inteira. Em outra eles só começaram a colaborar quando eu mandei todos à sala e eles viram que eu não estava brincando. 
Em compensação, em uma turma onde eles só queriam fazer forca no início e não queriam participar de nenhuma atividade, agora todos tentam colaborar, todo mundo quer ir no quadro participar. E, ainda bem, minha aluna com síndrome de Down quis voltar à aula e ainda ficou comigo no final. Eu acho legal que na turma dela tem uma meninas que sempre me chamam para ir lanchar na sala delas, elas sempre pegam uma cadeira para mim e agora elas sempre participam muito. Uma vez elas e mais alguns outros alunos da sala inventaram de passar o recreio comigo. Quando eu vi tinha umas 6 crianças perdendo o recreio no pátio para ficar com a professora de matemática na sala! 


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