Como boa representante das ciências humanas e tentando seguir a risca os "mandamentos" do círculo, sendo um deles de estimular os alunos a responderem, mesmo que incorretamente, hoje instaurei um tribunal em sala de aula. Conflitada pelas respostas dúbias dos meus queridos amados estudantes decidi fazer diferente, dando a eles a oportunidade de defender seus pontos de vista como se estivessem em um legítimo tribunal. A questão reflexiva era simples: Qual o menor número existente? O alvoroço surgiu ao passo que as vozes diziam "ZERO!" ao mesmo tempo que "UM!". Então perguntei quem gostaria de defender o "zero". A maioria levantou a mão, visto que apenas dois alunos achavam que o "um" era o menor número. Todos que disseram que o zero era o maior número quiseram defender e explicar porque pensavam aquilo, enchendo meu coração de alegria. Então após uma lindíssima explicação de uma das meninas, o garoto que pensava que o "um" era o maior número teve o direito de réplica. Dessa vez o tribunal saiu totalmente de ordem e nada os continham, desesperados para explicar para o amigo porque o zero era o menor número. Fiquei distante e apenas fui juíza, deixando que eles decidissem entre si, sem dar minha opinião em nenhum momento. Ao final os dois garotos estavam convencidos de que o zero era o menor número. Não consegui introduzir a ideia de números negativos mas me senti mais do que satisfeita para uma pequena turma de segundo ano.
Ludmylla
Oi Ludmylla, muito bacana essa ideia do tribunal como uma maneira de organizar a discussão, quando as crianças ficam 'selvagens'. A imagem do professor como um 'juiz', arbitrando entre partes, é o que eu entendo que é a proposta do Bob e Ellen. A verdade está no convencimento das partes, não no juiz como fonte de autoridade, ele (ou ela) é apenas um árbitro. Muito legal, parabens!
ResponderExcluirQue legal Ludmylla, Parabéns! Vou aplicar esta ideia com os meus alunos também! :)
ResponderExcluir