Tentei
usar a ideia de subsolo com um 3ºano, mas à exceção de uma aluna, nos prédios
em que eles moram ou frequentaram o andar abaixo do térreo não é indicado como –1.
Expliquei para os alunos que na reta era como nos prédios e fui preenchendo a reta
com os números negativos junto com eles, sem problemas. Entretanto, eles não entendiam para
que serviam os números negativos e então eu introduzi a ideia de ganhar e dever
usando o banco como referência. Com alguma dificuldade, eles entenderam a ideia
e fizemos alguns exemplos de operações. Com números maiores, eles se confundiam
e assim, falei para eles que era possível realizar estas operações na reta como
havíamos feito antes. Juntos, fizemos algumas operações na sem grandes
problemas e eles parecem entender o conceito.
Numa
turma de 5ºano, uma aluna já conhecia os números negativos, sabendo, inclusive,
como operar com eles. Consegui apresentar esses números para esta turma sem
grandes dificuldades, só precisei contextualizar o uso deles com a ideia do
banco. Já numa turma de 2ºano não consegui trabalhar, satisfatoriamente, os
números negativos com as ideias de temperatura e subsolo e nem com a do banco.
Um aluno teve extrema dificuldade em entender a ideia de dever dinheiro e
apesar disso ficava fazendo graça, dando pouca atenção às minhas tentativas de
explicar isso para ele e atrapalhando o desenvolvimento da aula. Nesse encontro,
consegui apenas esclarecer esse uso dos números negativos. Assim, a ideia de ganhar e dever dinheiro é bem
próxima da realidade dos alunos, mas não de todos eles e temos de estar
preparados para lidar com este tipo de situações, em que o que foi pensado não
ocorreu da forma esperada. Cada aula é um desafio a ser enfrentado.
Ana Paula Irineu,
São Paulo.
São Paulo.
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