Abordagem para o ensino da matemática de forma participativa, colaborativa e lúdica para estimular o aprendizado, auto-estima e gosto pela matemática. Projeto apoiado pelo Instituto TIM.

domingo, 17 de agosto de 2014

Primeira aula após o questionário 1

Comecei a trabalhar a bailarina com os alunos e já no início percebi que teria de estar atenta ao andamento da atividade, para poder instigar e tornar a aula mais desafiadora e interessante. Nas primeiras turmas o envolvimento dos alunos foi menor pois tive dificuldades em prender a atenção da turma e dinamizar a aula, mas com as dicas da Janaina, após ela assistir uma de minhas aulas, consegui melhorar neste aspecto. 
A aula depende muito da turma e uma delas em especial me surpreendeu quando eu falei de números negativos relacionando com a temperatura, após fazermos saltos que caíam antes do zero na reta numérica. Alguns deles responderam prontamente que haviam temperaturas abaixo de zero e que estas tinham o sinal de menos na frente, então expliquei que eram os números negativos e então eles me ajudaram a preencher a reta com estes números anteriores ao zero. A aula foi tão proveitosa que conseguimos efetuar operações na reta, cujos resultados eram números negativos. Mas isso só ocorreu em uma das quinze turmas em que leciono. Em muitas delas não consegui tocar no assunto, ou quando surgia a oportunidade e eu perguntava se haviam números antes do zero, os alunos negavam com muita convicção e quando eu dizia que esses números existiam, o clima de estranheza era geral. Assim, é preciso estar sempre atento, improvisar quando necessário, mudar de atividade na hora certa para mantê-los motivados e interessados, saber quando é possível ir além quando percebemos que eles podem conseguir avançar em determinado momento. Enfim, não é uma tarefa fácil, de maneira alguma...

Ana Paula Irineu, 
São Paulo.

Um comentário:

  1. Oi Ana, talvez o segredo seja tentar com intuições diferentes até que uma 'clica', como a questão do endividamento para explicar os números negativos. Eu diria que mais do que improvisar é 'particularizar' os conteúdos ao nível de conhecimento e intuição dos alunos/as. Super-legal o seu exemplo, parabéns!

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