Abordagem para o ensino da matemática de forma participativa, colaborativa e lúdica para estimular o aprendizado, auto-estima e gosto pela matemática. Projeto apoiado pelo Instituto TIM.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Passando pelos caminhos

Essa atividade se propõe a trabalhar com possibilidades e tentativas. Ela é caracterizada pela existência de caminhos (vértices enumeradas com letras do alfabeto) dispostos em forma de quadrados e triângulos e é proposto às crianças que elas passem por todos os caminhos existentes (arestas) sem repetir os caminhos (arestas) e os pontinhos (vértices).
Ela foi aplicada pelos professores Kaplan durante o Workshop em São Paulo. Senti necessidade de postar sobre ela, pois já tive a oportunidade de aplica-la em sala de aula com meus alunos e eles amaram. Eu apliquei essa atividade de forma diferente com meus alunos e tentei desenvolver duas coisas: trabalhar com o conhecimento de probabilidades e de geometria (orientação espacial).
Eu iniciei a seguinte atividade com os seguinte desenhos na lousa:




O professor tem a liberdade de escolher as figuras geométricas que quiserem. Elas são interessantes para introduzir a ideia básica do que será apresentado mais adiante.
Em cada vértice das figuras é desenhada uma letra do alfabeto e é perguntado as crianças: “Quantas possibilidades nós temos de ir do ponto A até o D sem repetir os caminhos e os pontinhos?”. Essa é a pergunta inicial. É importante deixar que as crianças tentem e deixar que elas percebam que algumas figuras nós conseguimos passar por todos os caminhos e por outras não conseguimos (mas por que?). É isso que iremos trabalhar nessa atividade.
Em seguida o professor faz o seguinte desenho:



Além de desenvolver o conhecimento sobre probabilidade os alunos podem desenvolver o conhecimento espacial.
Uma observação: Para que funcione (passar por todos os caminhos sem repetir os caminhos e os pontos) é necessário que só exista duas possibilidades ímpares.

Nós podemos saber os que funcionam e os que não funcionam a partir dos ângulos.

Por exemplo:











Quando eu apliquei essa aula com meus alunos, eu observei que eles tiveram dificuldade de entender essa atividade usando as letras do alfabeto. Por isso, eu decidi substituir as letras do alfabeto que ficavam nas vértices, por lugares do nosso bairro (como igrejas, pontos de ônibus, shopping, casa dos alunos, minha casa etc). E eu desenhei a mesma figura geométrica, mas disse que era um mapa.
Eu fiz a seguinte pergunta: “Eu estou na minha casa (ponto N) e quero passar por todos os lugares do bairro que estão no mapa, mas não posso repetir os caminhos e os lugares e no final, que quero voltar para minha casa. De que forma ( ou quantas formas?) eu poderei fazer esse percurso?”
Essa atividade pode ser adaptada para cada bairro ou região mesmo mantendo o objetivo inicial proposto, desenvolver habilidades acerca de probabilidades e conhecimento espacial das crianças.



Karolynne Barrozo (Fortaleza - Ce)



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