Abordagem para o ensino da matemática de forma participativa, colaborativa e lúdica para estimular o aprendizado, auto-estima e gosto pela matemática. Projeto apoiado pelo Instituto TIM.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Fizz Buzz e Lógica dos Polvos

Semana Passada e essa semana estive trabalhando com as atividades de lógica dos polvos e com o jogo Fizz Buzz. Essas atividades foram ótimas especialmente para que, de certa forma, eu percebesse um pouco melhor a compreensão dos alunos com relação às operações aritméticas (no fizz buzz) e seu raciocínio lógico (lógica dos polvos).

O Fizz Buzz, jogo fácil de ser entendido, onde os alunos falam "fizz" para números múltiplos de 3, "buzz" para múltiplos de 5 e "fizz buzz" para múltiplos de 3 e 5, foi bem interessante. Percebi, para minha surpresa, que muitos alunos do 4º ano não dominavam a tabuada sendo que em sala de aula já estavam trabalhando com divisões. E mais, muitos, além de não saberem operações de multiplicação, não faziam ideia de como chegar ao resultado (por exemplo, 3x5 = 15 = 5+5+5), eles não entendiam como funcionava a multiplicação. Mas, por outro lado, essa experiência foi muito boa, pois o jogo animou os alunos, que queriam muito acertar a hora de dizer "fizz" ou "buzz" ou "fizz buzz", então, saíram da aula motivados a aprenderem multiplicação. A professora do 4º ano conversou comigo e me pediu a atividade, que agora eles tem feito em sala de aula! Legal, né? Mas, além disso, ela também me pediu auxilio sobre como ajudar os alunos na aprendizagem das operações e pudemos conversar bastante sobre isso, trocar idéias e também pude sugerir atividades. 

A atividade Lógica dos polvos também foi bem divertida! Ela exige que os alunos usem bastante a imaginação (já que há polvos vermelhos, listrados, e com mais ou menos de 8 braços!) e os alunos davam risadas com a história. Na situação 1, onde eles tinha que descobrir o polvo que realmente tinha 8 braços, li a história e no fim, uma menina logo disse "o polvo listrado que tem 8 braços". Fiquei surpresa, pois era exatamente a resposta, pedi que me explicasse e ela disse "o último sempre está certo" (já que o listrado era o último polvo. Ela, não tinha refletido sobre a situação para responder, simplesmente, arriscou uma alternativa que casualmente estava certa. Isso me fez pensar em quantas vezes elogiamos nossos alunos porque eles nos dão a resposta certa sem sabermos se ele realmente entendeu a questão. Uma das maiores lições que tenho aprendido no "Círculo da Matemática" é buscar nos alunos o porquê das respostas, sejam elas certas ou erradas, e tenho visto, como isso é importante para desenvolvermos uma aprendizagem de qualidade! Mas, também, nessa atividade muitos alunos mostraram raciocínios diferentes, às vezes começando do errado e indo pro certo, porém tentando de todas as formas desvendar as diferentes situações. 

Bom, essas semanas de atividades lúdicas tem sido ótimas para conhecer melhor meus alunos e brincar com eles. Os novos alunos do Círculo (tenho 4 turminhas novas) já estão bem envolvidos e tem participado bastante, com poucas exceções. Os alunos que já participavam do Círculo também tem gostado das atividades, mas algumas vezes pedem atividades do ano passado, especialmente a máquina de funções! Estou animada pelas próximas semanas (capacitação e início das atividade do Círculo)... e acredito que os alunos também! =)

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Pirâmide do Faraó

Sempre quando chego a escola, os alunos ficam felizes em me ver, na terça-feira aconteceu algo bem legal, um dos alunos do 3º ano também era meu aluno nas aulas do projeto no ano passado, quando ele me viu na fila ficou muito feliz e alegre! Ele ainda não sabia que as aulas haviam voltado, pois ele havia faltado nas aulas anteriores. Esse aluno foi o mesmo que ano passado falou que nem que ele tivesse que falar  com a diretora, mas as aulas do projeto não poderiam acabar. Eu fiquei igualmente feliz de vê-lo. Eu fui para a sala dele, e fui chamando cada turminha, ele foi da última turminha, e quando chegamos na sala, ele realmente ficou muito feliz por estar lá na minha aula.
A atividade que estou realizando essa semana é a da “Pirâmide do Faraó”. Os alunos adoraram quando eu estava desenhando a pirâmide na lousa, a maioria deles pensou que era um bolo, quando expliquei o jogo eles ficaram empolgados, a maioria deles não percebeu a questão de jogar em 1 ou 2 quadradinhos, houve apenas uma turminha que realmente percebeu isso, eu apenas falei para eles prestarem atenção principalmente nas últimas jogadas. Muitos achavam que eu ganhava na maioria das vezes por jogar mais vezes em 2 quadradinhos do que em 1. Eu fui fazendo com eles jogassem de 2 em 2, mas um aluno quando ganhou, ficou competindo com os outros e achando que era melhor que o colega, tive que conversar com eles sobre a questão de competição que não é só por que a pessoa ganha que  é melhor que o colega. Achei bem interessante que uma das alunas comentou que uma vez ela foi para um campeonato e havia perdido um jogo, ela falou que perdeu, mas que havia ganhado outra coisa mais importante, ela falou que ganhou dois amigos e que isso era muito importante. Todos concordaram que ganhar amigos também era importante.

Abaixo algumas fotos dos alunos jogando.


Meias coloridas e número Capicua

O trabalho com as atividades lúdicas tem sido muito interessante. Ontem, apliquei duas atividades lúdicas com cada turminha de 5º ano. Comecei a aula com a atividade das meias. Iniciei a apresentação da atividade das meias com a seguinte ideia: 
"No Brasil existem muitos carros, cada um com uma placa de identificação diferente. Da mesma forma, existem muitos números de celulares diferentes que não se repetem. Mas, como isso acontece?"
As crianças começaram a colocar suas opiniões e foi nesse momento que apresentei as meias, para que elas pudessem compreender as ideias. Eu levei três pares de meias para a aula e com eles, as crianças foram formando as possibilidades. Eu fui registrando todas as possibilidades no quadro. 



Na atividade seguinte, apresentei o número Capicua. Elas não sabiam o que eram capicua. E eu escrevi no quadro o significado. Elas foram me falando todos os números capicua que elas conheciam. 
Gostaria de ressaltar que nessa atividade as crianças realizaram somas com os números capicua com o objetivo de descobrir se o resultado também seria um número capicua. 
As crianças me disseram:
 - Número 11!
 Eu disse: - Legal!! Mas será que o resultado do número 11 + 11 seria um número capicua?
 Elas viram que seriam 22 e me perguntaram:
- Será que 22 +22 também seria capicua?
E assim por diante, chegamos ao número 88.
Foi bem interessante perceber o raciocínio das crianças ao propor os questionamentos. 
Observei também que as crianças que foram participaram do projeto no ano passado tem mais facilidade de comunicação e menos medo de errar. E percebi como o projeto foi (e é) importante na vida delas!!

Karolynne Barrozo (Fortaleza - Ce)

Ímpar ou par

Voltar com as aulas do projeto, foi realmente muito bom! Não só por as crianças lembrarem e de mim e ficarem ansiosas toda vez que entro na sala para levá-los para minhas aulas, mas também pela oportunidade de propiciar a experiência do projeto para outras crianças.
Semana passada quando fiz a atividade dos números pares e ímpares, modifiquei um pouco, escrevi de um lado da lousa “Par” e alguns números pares e do outro “Ímpar” e alguns números ímpares, para facilitar para os que não sabiam ler, coloquei os números pares em um círculo e os ímpares em um quadrado. Em seguida falei vários números até que eles tivessem entendido, depois resolvi dar números aleatórios escritos em um papel para os alunos, e quem tivesse com um número par iria para um lado da lousa e quem tivesse com número ímpar iria para o outro. Essa modificação foi bem interessante, ao meu ver, pois cada um iria analisar com seu próprio conhecimento em vez de apenas repetir o que os colegas falavam e quem não havia entendido poderia entender. Depois que cada um deles já havia escolhido o seu lado, eu pegava o papel de cada um e perguntava para eles se o número seria par ou ímpar. Foi bem interessante, eles rapidamente aprenderam. Até me surpreendi quando perguntei a um dos alunos qual o maior número que ele achava que existia para vermos se seria par ou ímpar e ele falou infinito, aproveitei para falar um pouco sobre o infinito. 

Como estão sendo as atividades lúdicas para mim.

Bom dia!!!

Criei esse post para falar um pouco sobre as atividades lúdicas.
Nas minhas aulas, elas têm sido ótimas. As brincadeiras são envolventes, divertidas e algumas vezes já repeti a mesma atividade por conta das crianças terem gostado muito. (Mas claro, repeti de um modo mais difícil para que pensassem mais, já que conheciam como funcionava)

Conseguir fazer com que as crianças começassem a ter o comportamento que queremos.
Como eu fiz? Em cada jogo, tentei observar o comportamento natural dos alunos de acordo as circunstancias do jogo e comecei a intermediar algumas atitudes, conversando de um modo bem sutil e tranquilo para que observem se é legal ou não fazer isso com alguém e como deveriam se comportar (Ou seja, comecei a jogar perguntas no ar para que pensassem sobre suas atitudes). Irei enumerar algumas situações:

Situação 1) Respeito as diferenças, erros e acertos.
Muitas vezes, observei que a participação de todos gera conflitos que na maioria das vezes é de auto-afirmação com uma relação de "hierarquia de conhecimento".
As frases que as crianças dizem: "Eu sou melhor que você", "Você é burro", "Você não sabe contar?", "Como você não sabe fazer isso? Tão fácil...", entre outras, geravam conflitos desnecessários.

É claro que as crianças que dizem isso não sabem da influencia dessas frases na vida das que recebem este tipo de comentário, mas é super importante que os educadores interfiram nessas situações para que as crianças que fazem esse tipo de ação entendam melhor como que a pessoa que recebe esse tipo de comentário se sentiria ao ouvir.

Na minha sala, as atitudes têm mudado bastante e a cooperação, onde, um ajuda o outro quando possui dificuldades/dúvidas tem aumentado.

Situação 2) Levantar a mão e falar (caso tenham muitas crianças querendo falar ao mesmo tempo).
A falta de coordenação na sala leva a situações onde o professor ouve quem fala mais alto e quem chama mais atenção, prejudicando aqueles alunos que falam baixo e/ou são retraídos/tímidos. Então, tento na medida do possível, fazer com que um escute o outro e que depois de ter terminado a frase, se inicie outro comentário.

Situação 3) Ganhar ou perder.

Alguns jogos dessas atividades possuíam vencedores e consequentemente perdedores. (Por mais que eu não falasse a parte da perda)
Ganhar ou perder é algo natural e que sempre estará presente em nossas vidas.
A questão é: Como lidar com uma competição? Como lidar com uma derrota?

Tive vários problemas em relação a isso, mas que foram super importantes para as conversas que tive com as crianças. Conversamos durante várias aulas sobre essa questão.

Observei também que por mais que não seja um jogo competitivo, quem erra ou acerta em uma brincadeira de lojinha, por exemplo, transforma-se em uma competição indireta, onde erros e acertos são contados e comentados entre eles.

A solução encontrada foi dizer para que os vencem que não precisam demonstrar que sabem mais ou que conseguiram executar mais rápido. Para os que perderam, eu digo que é somente uma brincadeira, nada sério, que o importante é participar e se divertir e que aprendemos muito com o erro.

Eu senti que as crianças entenderam e que começaram a não se importar com vencer ou perder. Começaram a entender que participar, tirar dúvidas e se divertir era muito mais importante.

Gostaria de saber como estão sendo as atividades para vocês e opiniões para que aperfeiçoemos ainda mais nossas aulas.

Victor Tanaka.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Atividade - O Sapo faminto


Na semana passada apliquei numa turma de 5º ano uma das atividades lúdicas propostas. O nome da atividade era Sapo Faminto e consistia no trajeto que um sapo deveria fazer para chegar em um campo de abóboras. Nessa atividade, eu preferi adaptar por Lagoa. Em cada caminho do labirinto (quadrado) haveria vários números. O Sapo deveria começar pelo número 3 e acabar no número 30. A ideia seria trabalhar multiplicação ou mesmo compreender a sequência, que poderia ser feita de 2 em 2 ou mesmo de 7 em 7. 
Na minha experiência, as crianças amaram a atividade. As crianças encontraram vários caminhos que o sapo poderia fazer até chegar a Lagoa. Muitas crianças participaram e a maioria não teve medo de errar, e continuaram dando palpites e observando o que os outros diziam.
Em minha escrita, desejo ressaltar que nessa turma de 5º ano, alguns alunos participaram do projeto no ano passado, porém outros não participaram. Eu percebi que existe uma diferença entre os alunos que já conhecem a proposta do círculo da matemática. Eles foram bem mais receptivos as atividades, não tinham  medo de errar, gostavam de participar e estimulavam a participação de outros na aula. Eu achei super interessante perceber neles o fruto do trabalho realizado no ano passado. 


Karolynne Barrozo (Fortaleza - CE)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Aulas em 2014!

Bom dia, pessoal!!! 
Bem, primeiramente, desculpem-me por estar adicionando informações ao blog somente hoje, após 7 semanas de atuação.

2014 tem sido maravilhoso, me sinto mais confiante nessa segunda fase de projeto e mais animado por ser uma ano que atuaremos durante 8 meses!

Aqui, irei postar como foram meus primeiros dias, como me organizei e como interagi com as crianças.

Colocarei meus prós e contras em todas as atividades.

Só para contextualizá-los: Estou dando para a mesma escola do ano passado, 410 Sul localizada na Região Administrativa Asa Sul - Brasília. Dou aula para alunos do 2º até 5º ano, de segunda a sexta, menos quinta, 16 aulas por semana e na 114 Sul toda quinta-feira com alunos do 2º ano (4 turmas), totalizando 20 aulas por semana.

1ª aula: XÔ TIMIDEZ!

Minha primeira aula, foi uma aula de "Xô vergonha e xô preguiça", hehe.
Eu me apresentei, apresentei a metodologia do CM e propus umas perguntas para as crianças e eu responderem: 1) Qual seu nome? 2) O que você gosta de fazer? 3) Qual sua comida preferida 4) O que quer ser quando crescer 5) O que espera dos nosso encontros semanais?

Fiz para todas as minhas turmas (2º ano até 5º ano) e funcionou!
As crianças começaram a se soltar e viram que eu não mordo!

Após a apresentação, fiz uma dinâmica de minha autoria, pois não tive tempo de imprimir as notas que a Angels tinha nos enviado.


Dinâmica: Formas Geométricas.
Objetivo: Desenhar diversos objetos que possuam formas geométricas que as crianças conheçam. (Normalmente: quadrado, triângulo, retângulo, circulo, losango) 
Cada um na sua vez, vai ao quadro e desenha algo que se assemelhe as formas geométricas. Encontravam algumas dificuldades, mas foram seguindo o esquema do joguinho. 

Depois de uns dias, pensei diferente e fiz da seguinte forma:
Criar uma cidade somente com formas geométricas, eu começaria e elas terminariam.
Deu super certo para primeira interação do ano.
Atividade simples que fez com que todos se sentissem capazes de realizarem a tarefa.

Prós: A timidez foi embora, participarem muito bem da dinâmica e se sentiram capazes de realizá-la e prontas para as próximas atividades.
Contras: Nenhum.

2ª e 3ª aula: Lojinha!!!

Na segunda aula, comecei com a lojinha!
As crianças se animaram muito quando disse que faríamos uma lojinha e que iríamos tanto comprar como vender (dar troco).
Como a Angels nos enviou as notinhas, pensei em fazer toda a construção da dinâmica com eles. Então, tirei diversas cópias das notas e as levei em preto e branco.

Nessa aula, as indaguei sobre as cores das notas e todas as crianças já tinham a ciência das cores exatas de cada nota, ainda bem que o dinheiro não está distante do cotidiano das mesmas. Depois dos esclarecimentos das cores, começaram a pintar nota por nota, como na foto abaixo:

Depois disso, recortaram:


Após isso, começaram a montar a lojinha! Nisso, pedi para que criassem produtos para a nossa loja e que poderia ser qualquer coisa!
A seguir, criamos um nome para a loja com opções criadas pelas crianças e depois realizamos uma votação.

Tcharam!, abaixo está um exemplo:


Obs: Falei um pouco sobre o simbolo real e sobre o cifrão.

A seguir, trabalhamos tanto como vendas quanto como compras:

1) Formaram uma fila.
2) O comprador iria com algumas notas e o vendedor estaria o esperando.
3) Após feito a compra e dado o troco, o comprador viraria vendedor e o vendedor iria para o final da fila de compradores.
4) Todos foram tanto compradores como vendedores. A ideia de troco (subtração) foi realizada até com os alunos do 2º Ano.

Prós: Ótima dinâmica envolvendo adição e subtração. Envolve matemática, mas envolve dinâmicas que as crianças gostam de realizar, como pintar, recortar, desenhar, comprar e vender.
Contras: Nenhum

Obs: Precisei de duas aulas para executá-la por completo.

4ª aula: Pirâmide!!!

HAHAHAHAHA, quando cheguei com essa brincadeira, meu Deus, se empolgaram muito!
Em todas as salas fiz dois campeonatos. Fiz duas vezes, pois o segundo campeonato foi uma "segunda chance" aos que se sentiram mal por terem perdido.

A ideia do jogo é formar pensamento estratégico e muitas crianças planejaram muito bem suas jogadas, outras só marcaram sem entender muito bem, hahaha.

O jogo foi muito bom no início até quase o final do jogo. No final do jogo, algumas crianças se sentiram mal por terem perdido e uma aluna minha chorou. :(

Como é um jogo um pouco competitivo, conversei um pouco com eles, tanto antes como depois do jogo com os dizeres: "O importante é participar e se divertir, não importa quem irá perder ou ganhar" 

Uma foto da dinâmica:
PS: Quando chega nessa parte do jogo, onde sobram 3 quadrados, um pensamento lógico é importantíssimo para a vitória. Meu aluno, Murilo, se deu muito bem nessa partida.



Prós: Pensamento estratégico.
Contras: Competição.

Depois posto as outras 3 aulas! Até mais!

Victor Tanaka.



quarta-feira, 9 de abril de 2014

Indo às compras...

Antes de começar o círculo, e começando ao mesmo tempo, decidi ir ás compras com meus alunos. Perguntei-lhes o que queriam comprar, todos, repito: todos me bombardearam com nome de comidas. E depois com nomes de eletrônicos, um ou outro tipo apareciam de vez em quando, de acordo com que eu ia perguntando o que eles queriam comprar eu perguntava quanto custava aquele produto para eles, e em um consenso nós decidíamos  o valor, aos poucos eu ia apresentando a metodologia do circulo, como: ouvir o colega, ser paciente e esperar sua vez. Então, eu fiz minhas cédulas no quadro, entreguei quatro pedaços  de  papel para cada aluno e pedi para que eles escolhessem um dos valores que eu tinha desenhado para cada pedaço. Depois de lista feita e cédulas prontas,eu agora era o vendedor da história e perguntava de produto em produto quem queria o comprar. O interessante é que eu percebi que as crianças começaram a comparar valores, e eu puxei isso delas, quando elas vinham com valores menores eu dizia que não dava pra comprar, outras vinham e já falavam: " Tio, eu quero meu troco." e assim as aulas aconteceram. No fim, elas algumas ficaram com dinheiro, e outras nem chegaram no ultimo produto, sentei juntos com elas e falei sobre economizar e ter uma visão de necessidade futura, que nós não podíamos comprar só porque tal coisa é boa, porque mais na frente a gente poderia precisar do dinheiro e não teríamos, como foi no caso de um aluno que queria comprar uma " casa " e não tinha dinheiro suficiente. Depois disso, reforcei os "princípios" do círculo e encerrei minha aula. A aceitação dos alunos foi ótima e a aula passou rápida demais.
Abraços, até mais.