Numa das aulas do círculo perdi a grande oportunidade de
desenvolver uma atividade pelo fato de não aproveitar a fala da aluna. Pedi
para os alunos sentarem e fui conversar com eles, pois naquele dia eles
estavam muito agitados e não estavam me ajudando, expliquei que não seria
possível continuar porque dependia deles para continuar a aula. Então uma
menina falou “tio, conta uma história de terror para a gente” pedi que ela
contasse uma porque não consegui formular nada rápido, ela contando e eu pensando...
Não consegui formular nada que desse para aproveitar aquele momento e retomar a
atenção dos alunos, tive que mudar de assunto, mas minha decepção ficou tão nítida
que o nível da aula caiu ainda mais. Naquele dia fiquei chateado pela
oportunidade perdida, até porque no final da noite já sabia exatamente tudo que
poderia ter feito naquele momento.
Durante essa semana tive a oportunidade de me redimir, no
final de uma aula outra aluna me pediu pra contar uma história, fiquei todo
empolgado, mas me contive, pedi para ela contar a que ela sabia e depois
iniciei a minha, parecia mágica! Todos olhando pra mim, prestando atenção,
inventando nomes dos personagens e formando a história, consegui propor a ideia
de que tinha um guerreiro que entrou num labirinto e que nesse labirinto tinha
um monstro. O guerreiro tinha que sair vivo para que pudesse se casar com a
princesa que o esperava no final do labirinto. Desenho no quadro, crianças
ansiosas e atentas até que o sinal toca e é hora de ir embora “ahhhh...” e como
o ápice de uma conquista me senti renovado e ansioso pela próxima aula. É hora
do labirinto!
Felipi Marques
RJ/ Duque de Caxias.
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