Abordagem para o ensino da matemática de forma participativa, colaborativa e lúdica para estimular o aprendizado, auto-estima e gosto pela matemática. Projeto apoiado pelo Instituto TIM.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Início das aulas no Rio


Começo da segunda semana de aulas aqui no Rio de Janeiro, então eu vou comentar um pouco como foi essa primeira semana dando aula para as turmas de segundo, terceiro e quarto ano.
Essa foi a primeira vez que eu dei aula para crianças e confesso que estava bastante temerosa em como ia ser essa experiência, além de muito ansiosa para o início das aulas.  Resolvi iniciar as aulas com algumas das atividades propostas no livro do Círculo para entender como eles pensavam e  ver como eu me saia durante a aula.
Com a atividade da bailarina as aulas foram um sucesso e algumas turminhas foram bem mais longe do que eu esperava, todos ficavam extremamente felizes em descobrirem esses novos números com o sinal de negativo na frente. Já nas primeiras turmas que eu tentei mostrar a soma de Gauss, as coisas não saíram muito bem, logo tive que mudar de atividade. Algumas aulas foram um pouco mais complicadas para obter o controle da turma e a atenção deles, mas a disposição dos alunos em meia lua ajuda muito nesse sentido.
E foi de muita ajuda as postagens no blog, achei muito bom falar das compras “a fiado” quando conseguia mostrar os números negativos na reta da bailarina. E essa semana eu comecei com o mercadinho para ter uma aula um pouco diferente, especialmente nas turmas do segundo ano, e achei interessante ler sobre o desenvolvimento da atividade nas postagens. Estou curiosa para saber como vai ser a evolução da brincadeira com as minhas turminhas.
Até agora só tenho a dizer que foi bem divertido, e as crianças parecem estar gostando do Círculo, além da escola ter sido maravilhosa e extremamente receptiva. Nada melhor do que as crianças perguntando quando vai ser a próxima aula com uma cara toda animada.
Boa semana de aula a todos!


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Como mudar para o Google+?

Olá Galera, Recebi o convite a pouco e estou tentando entrar mas está logando com o meu Blog de pesquisa sobre Índios Goytacazes, não se assustem, estou tentando mudar para acessar com o Google+, alguém sabe como fazer isso?

sábado, 9 de agosto de 2014

A Primeira Semana

Olá galera, tudo bem?

Então... Ontem foi nosso último dia da primeira semana de aulas aqui no Rio de Janeiro e só tenho uma palavra para descrever isso: INCRÍVEL!!!!!

Embora já trabalhe há sete anos em escolas, eu nunca tinha tido uma experiência tão proveitosa.

É claro que desafios surgiram nesse percurso, mas nós os driblamos e seguimos em frente.

O mais gratificante é perceber o quanto nós subestimamos as crianças e quão bom quando é quando elas nos surpreendem.

Sempre tem um aluno mais levado né? Mas até esses se interessam pelas aulas do círculo!!!

E as hipóteses que eles formulam para as resoluções dos problemas são de um nível que me deixaram embasbacada.

Enfim, foi incrível, quebrou diversos paradigmas que ainda existiam em minha cabeça e ainda me trouxe aprendizados inesquecíveis.

Que venha a segunda semana e que venha o nosso encontro no Rio!



Praia de Copacabana - Rio de Janeiro

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Enfim Juntos!

Olá galera! Tudo bem?

Então, depois de muita luta muitos encontros e desencontros, dores de estomago, cabeça e queda de cabelo, finalmente conseguimos dar início ao nosso primeiro dia de aulas aqui no Rio de Janeiro!

O colégio se chama Nação Rubro Negra e minha primeira turma foi uma turma do 2º ano, com oito alunos que tinham idades que variavam entre sete e nove anos.

Eu os recebi com uma musica ambiente tocando até que todos estivessem devidamente sentados. Após isso, eu me apresentei e contei algumas curiosidades sobre mim (a cor que eu mais gosto, a comida que eu não suporto e essas coisas). Então eu apresentei o projeto (o que é, para que serve, porque é legal e etc.). Depois passei para uma dinâmica de apresentação das crianças.

Dividi a turma em pares e pedi que cada um me apresentasse o amigo que estava ao lado.
Foi muito engraçado porque, como eles se conhecem há muito tempo, eles sabiam tudo um do outro e contavam várias coisas.

Após isso fizemos alguns acordos quanto ao comportamento e eles compreenderam super bem, tanto que até incluíram outros itens no acordo.
Enfim, o dia foi bem legal e proveitoso e a semana está apenas começando.


Que tenhamos todos uma boa semana e que venham mais turmas novas.


quinta-feira, 24 de julho de 2014

1+2+3...+20 = ?

Boa noite, pessoal!

(Estou conseguindo seguir a rotina de postar uma vez por semana...MILAGRE! Hehe)

Semana passada e essa semana, fiz algumas atividades sobre: Como posso dividir um bolo/pizza e como podemos calcular 1+2+3...+20 = ?

Sobre as maneiras de se dividir um bolo em partes iguais ou não se encontra no livro de atividades do Círculo da Matemática e como teste, coloquei como questão final de: Como posso pegar um pedaço de bolo e deixar o bolo "fechado"? Eu explico um pouco sobre isso nesse post: http://ocirculodamatematica.blogspot.com.br/2014/07/um-jeito-diferente-de-cortar-bolo.html

Nessa semana do dia 21, comecei com questões super desafiadoras como a de:

Quanto é 1+2+3+4+5+6+7+8+9+10+11+12+13+14+15+16+17+18+19+20=?

É super engraçado começar a escrever essa expressão e a criança dizer: "Ah nem, tio! Que fácil!"
Aí você continua e passa de +10+11+12+13 e a criança vai enlouquecendo: "Como assim, tio? Tá brincando comigo?" Hahahaha

Aí você indaga-as: "E agora? Como posso resolver essa questão?"
O silêncio reina, ou não, hehe. E as ideias começam a aparecer.

Obs: O importante é dar tempo ao tempo, deixá-las pensar, imaginar, criar e colocar no quadro todas as opiniões e possibilidades. Isso facilitará e servirá como guia para outros pensamentos.

Na maioria das turmas, as crianças começam a somar da ordem que se encontram os números e a partir daí, começam a se questionar sobre: "Será que tem outra forma para calcular?", "Será que posso mudar a ordem dos números?".

Algumas turmas entendem o sentido de somar o primeiro e o último número tão rápido que a aula não pode acabar por aí, então, surgem novos questionamentos.

"E se for: 1+2+3...+998+999+100 = ?"

"E se for: 1+3+5+7+9+11+13 = ?"

"E se for: 5+10+15+20...+100 = ?"

Outras turmas não entendem nada com nada e eu, como guia, tento orientá-las, mas orientando o mínimo possível para que a descoberta seja das crianças. É muito bom observar uma nova descoberta.





As crianças receberam muito bem essas atividades.

Foi super produtivo!





Bom final de semana a todos!

Victor Tanaka.

domingo, 20 de julho de 2014

Recomeço das aulas

Na semana passada voltei ao Círculo. Tive que me afastar por conta do estágio supervisionado da universidade. Por ter participado no ano passado eu já fazia alguma ideia de como poderia ser e estava mais confiante ao agir. Foi ótimo retornar. Eu fiquei com crianças do 1º, 2º e 3º ano, todas novatas no Círculo. Não pude ficar com as do ano passado, por faltar sala nas escolas, o que foi uma pena, pois gostaria de saber como estão os alunos antigos e continuar o trabalho com eles.
Em todas as turmas resolvi jogar o jogo da pirâmide do faraó. Se elas se cansassem, eu mudava de atividade, tentava fazer o desafio do pasto e nos cinco minutos finais, para descontrair eu jogava o jogo do par e do ímpar.
No jogo da pirâmide eu primeiro perguntava para que servia uma pirâmide e como era mais ou menos o formato. Depois eu dizia a elas que a gente tinha que ajudar o faraó a construir usando blocos de pedra. Na base deveria ter seis retângulos ou quadrados e eu perguntei a eles quanto deveria ter em cima, e assim sucessivamente até chegar no topo com um retângulo. Eu resolvi jogar contra eles e também dividir em dois grupos para jogar. Foi divertido ver como eles se reuniam na frente do quadro para falar o que fazer e onde colocar para que ganhassem.
No desafio do pasto eu contava a história do pasto e perguntava como começar a pensar. A maioria disse um número de cara, outros porém disseram que a gente tinha que tentar com vários números para ver se dava certo. Algumas turmas chegaram ao resultado, mas ainda assim alguns não entenderam que tinham chegado. A grande maioria não chegou ao resultado, mas isso não importa muito, porque o raciocínio por trás foi mais importante e é o que fez a atividade valer a pena.
Eu resolvi jogar o jogo do par e do ímpar, uma espécie de vivo ou morto, nas turmas onde eu percebi que eles se cansaram no final e precisavam de uma animação. Às vezes para não causar muita competição, quem perdia ia para a frente e falava um número.
Nessa primeira semana pude perceber quais turmas eram mais agitadas e tomei notas para saber como trabalhar com elas de maneira proveitosa. Mas o bom da maioria das turmas agitadas foi o elevado nível de participação da turma e isso com certeza usarei a nosso favor.
O que foi mais marcante, entretanto, foram três turmas em especial chamaram a minha atenção. Eles eram todos da mesma sala do 3º ano. Todos eles estavam muito contentes por estar ali e participaram com toda a emoção. Eu recebi convite até para lanchar na sala deles. No último grupo foi bem legal. Eles conseguiram chegar na resposta do pasto rapidamente e sabiam o porquê de ter dado essa resposta.  A menina mais feliz e agitada da sala pediu para colocar um jogo no quadro e  fez um jogo da forca. Eu disse que para jogar eles tinham que transformar a forca em um jogo de matemática. Foi quando alguém disse: "Já sei! Vamos colocar uma conta no lugar das letras!" Eu disse que tudo bem e na minha vez errei o resultado de propósito para ver o que eles faziam. Todos se juntaram porque achavam que eu estava errada e fizeram a conta eles mesmo para provar. Nessa hora, um dos meninos quis me desafiar e perguntou quanto era a metade de uma raiz quadrada. Eu disse que não sabia e perguntei quanto era para ele; ele também não sabia. Como eles estavam em pé e agrupados perguntei se alguém sabia a resposta. Foi quando uma das meninas respondeu:"Ora! É uma raiz triangular!". Eu pedi que ela colocasse isso no quadro para a gente entender e foi quando ela fez um desenho parecido com esse:

Essa foi uma ótima ideia!
No final ela e a menina mais feliz e agitada de antes não quiseram sair da sala. Todos saíram e ficamos nós três. Ela disse que ainda tinha um jogo para me mostrar, então desenhou uma espécie de calculadora no quadro e pediu para que a gente escolhesse dois números cada e uma operação. Deu 34x18. Vencia quem respondesse primeiro. Elas ainda não tinham aprendido multiplicação com dois dígitos, então pedi para que quando elas descobrissem, que elas me falassem. Eu tive que deixar as duas na porta da sala de aula delas, porque senão elas não iam mais querer sair dali!
Nesta semana tem mais aula, que eles nos surpreendam cada vez mais!

Jessica de Abreu Barbosa
Brasília, DF

domingo, 13 de julho de 2014

Um jeito diferente de cortar bolo.

Oi, pessoal!

Agora que as aulas de Brasília estão voltando, resolvi fazer uma postagem com o que eu já havia conversado com os educadores de Brasília e com a Aladya. (Tentarei postar sempre que puder de agora em diante)

Bom, no Círculo da Matemática, nós temos a atividade do sanduíche (podendo ser bolo, pizza, o que for) de diversas formas geométricas e possuir a questão de como dividir em partes iguais para X pessoas. Aprofundando mais, como ficaria cada parte do sanduíche em fração. Além de outros aprofundamentos que podemos inserir nessa atividade.

Em uma postagem do 9GAG, 9gag.com, pelo Facebook, eu vi uma ideia diferente de como cortar o bolo.
Penso que após darmos a aula do sanduíche, poderíamos fazer uma aula com uma relação "gastronômica".

A pergunta seria:

Quando cortamos um pedaço de bolo, normalmente fazemos dois corte em direção ao centro e assim, conseguimos o pedaço de bolo. Mas aí, duas partes do bolo ficariam secas, pois teríamos a subtração do pedaço. Ficaria na geladeira e o frio entraria em contato com as partes abertas do bolo, deixando-o seco. Já aconteceu com vocês? Hahahaha

Como podemos maximizar o prazer em comer um bolo como se fosse "novo" mesmo retirando pedaços do mesmo, matematicamente falando?

Então...TCHARAM! Nós temos o melhor jeito de cortar o bolo. Mas aí, deixaríamos para as crianças pensarem, como elas cortariam o bolo.

Segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=wBU9N35ZHIw&feature=kp

Acredito que seja divertido mostrar um outro lado sobre os cortes de um bolo. Seria uma alternativa não-comum, mas que traria muita criatividade e entusiamo em entender como funcionaria. No vídeo acima, explica a origem desse "melhor corte" e como podemos fazer.

Eu já dei a aula do sanduíche, eu penso em dar uma aula do sanduíche com uma questão plus, essa que eu disse. Acredito que dê certo.

Obs: É engraçado como a Matemática hoje em dia me chama muito mais a atenção. Agora que sou educador do CM, sempre que vejo algo sobre, me atento para imaginar como eu posso adaptar para as crianças, hehe.