Abordagem para o ensino da matemática de forma participativa, colaborativa e lúdica para estimular o aprendizado, auto-estima e gosto pela matemática. Projeto apoiado pelo Instituto TIM.

sábado, 15 de março de 2014

Aula com preços e dever de casa para a professora



Ontem iniciei as atividades do Círculo em uma turma do 5º ano. Atendi a turma completa, com 28 alunos, todos juntos, pois como o tempo estava ruim, chovendo, ia ficar muito difícil levá-los até o laboratório de Química. A grande maioria foi atendida por mim o ano passado. Comecei perguntando seus nomes e os escrevendo no quadro, formando três colunas. Na primeira coluna ficaram 10 nomes e na segunda e na terceira ficaram nove nomes. Perguntei para a turma quantos nomes havia no quadro. Eles deram os seguintes palpites: 29, 30, 32, 27, 26, 31 e 28. Depois eles começaram a contar e começamos a contar todos juntos chegando ao resultado 28. Perguntei a eles se havia outra forma de contar a quantidade de nomes. Eles responderam que sim. Então contamos quantos nomes havia em cada coluna: 10 na primeira coluna, nove na segunda coluna e nove na terceira coluna. Eles disseram que poderíamos somar 10+9+9 = 28. Depois perguntei quais colunas possuíam o mesmo número de alunos e perguntei como fazer para que todas as colunas tivessem o mesmo número. Eles responderam que era só tirar um nome da primeira coluna. Então tirei o nome e eles disseram que agora era pra somar 9+9+9+1, que dava 28. Circulei os três “noves” e perguntei a eles quantos “noves” tinham. Eles responderam que eram três. Então perceberam que 3x9 = 27 e depois somaram o “1” que havia sido tirado resultando o 28.
Depois dei uma folha em branco para todos os alunos e pedi que eles colocassem seus nomes e depois que colocassem uma conta que eles soubessem resolver.
Em seguida, perguntei a eles se eles costumavam ir ao supermercado com os pais e eles disseram que sim. Perguntei o que eles costumavam comprar e eles foram me dizendo alguns itens e os listei no quadro. Perguntei a eles quanto custava cada produto e fui anotando os valores, geralmente próximos para cada item. No quadro coloquei o símbolo "R$" e perguntei a eles o que significava. Dois alunos responderam que o R era real e o $ eles não sabiam o que era. Então perguntei se o real era a única moeda que existia e eles disseram que não, que também tinha o dólar e perguntei qual era o símbolo do dólar. Eles disseram que era um “U” e esse “s cortado”. Então expliquei que era o cifrão e que estava relacionado a dinheiro e por isso ele é utilizado tanto no real quanto no dólar e em outras moedas.
Perguntei a eles se fossemos comprar só os itens que estavam no quadro, quanto custaria. Eles não tiveram muita ideia e falaram valores bem altos entre R$100,00 e R$500,00. Os ítens eram pão, carne, arroz, feijão, açaí e manteiga.
Na aula seguinte trabalharei esses ítens com eles utilizando os dinheiros de brinquedo.
Depois pus alguns números no quadro como: 0,0357; 3,15; 4,2 e 3,07. Perguntei a eles se eles já tinham vistos números escritos dessa forma e eles responderam que sim. Perguntei qual deles era o maior. Uma aluna respondeu que era o 0,0357. Perguntei porque e ela disse que esse número era o “trezentos e cinquenta e sete”.
Já perto do final da aula pedi a eles que me passassem um dever de casa, que, ao invés de eu passar um dever, eles que iriam passar pra mim. Pedi que eles passassem uma conta difícil para eu resolver. Eles foram logo perguntando se era só uma e eu respondi que poderia ser quantas eles quisessem. Perguntaram também se era "de mais", "de menos" ou de "de vezes" e eu respondi que poderia ser qual eles quisessem. A maioria encheu a folha de papel com as contas e disseram que eu vou ter que fazer tudinho e sem usar a calculadora!

Manoela Franco.

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